É tão difícil se olhar no espelho e ver fisicamente no que me tornei. Além disso, me sentir incapaz de me controlar, de fazer alguma coisa por mim mesma. Ao mesmo tempo que almejo a mudança, eu não consigo ser a mudança. Do que quero me esconder? De quem quero me esconder? Porque não quero ser vista? Estive pensando sobre isso, o que quero esconder por trás de um corpo grande?
Talvez a minha vulnerabilidade, que eu não sou uma pessoa tão forte ou corajosa quanto eu pareço ser, que eu só queria ser cuidada, amada, abraçada, acolhida, ouvir uma vai ficar tudo bem, um estou aqui junto com você, vamos fazer isso juntos. Lembro que quando criança eu evitava ao máximo demonstrar minhas emoções negativas, eu engolia os nós que eu sentia na garganta, porque não queria parecer fraca ou ser recriminada por simplesmente expressar o que estava sentindo.
Tenho percebido que não sei lidar com minhas emoções, independentes de positivas ou negativas, mas principalmente as últimas, eu tento lidar com elas através da comida. Tristeza, raiva, angústia, medo, ansiedade, tudo isso descarregado através da comida.
Dias desses eu peguei a raiva que estava sentindo e fui dar uma volta no quarteiro com meus cachorros, e foi bom, mas nem sempre eu consigo forças para fazer isso, ou as vezes o horário não permite. Gostaria de fazer possível o exercício como essa válvula de escape no lugar da comida. É uma forma muito mais saudável.
Sigo buscando fazer dar certo essas mudanças em minha vida e continuo muito reflexiva com os insights que venho tendo em terapia.
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