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A mostrar mensagens de maio, 2025

Um desabafo sobre a luta contra a balança

É tão difícil se olhar no espelho e ver fisicamente no que me tornei. Além disso, me sentir incapaz de me controlar, de fazer alguma coisa por mim mesma. Ao mesmo tempo que almejo a mudança, eu não consigo ser a mudança. Do que quero me esconder? De quem quero me esconder? Porque não quero ser vista? Estive pensando sobre isso, o que quero esconder por trás de um corpo grande?  Talvez a minha vulnerabilidade, que eu não sou uma pessoa tão forte ou corajosa quanto eu pareço ser, que eu só queria ser cuidada, amada, abraçada, acolhida, ouvir uma vai ficar tudo bem, um estou aqui junto com você, vamos fazer isso juntos. Lembro que quando criança eu evitava ao máximo demonstrar minhas emoções negativas, eu engolia os nós que eu sentia na garganta, porque não queria parecer fraca ou ser recriminada por simplesmente expressar o que estava sentindo.  Tenho percebido que não sei lidar com minhas emoções, independentes de positivas ou negativas, mas principalmente as últimas, eu tento ...
Faço terapia a cerca de uns 10 anos, com momentos de pausa e retorno. Com cada terapeuta consigo descobrir coisas novas a respeito de mim. Estou em constante processo de autoconhecimento. Resolvi criar o blog para falar sobre as coisas que tenho descoberto em processo terapêutico e que ainda não consigo compartilhar diretamente com as pessoas envolvidas ou com os familiares que os conhecem. Então, vamos lá... Vou começar dizendo um ponto que a minha psicóloga atual me fez enxergar que eu não tinha pensado a respeito. Minha avó projetou o luto dela em mim durante boa parte de minha vida. Perdi minha mãe quando tinha 5 anos e desde então minha avó ficou responsável por minha criação. Eu não lembro como ela era antes disso tudo, mas eu lembro de depois, ela era uma pessoa brava, amarga, por qualquer coisa se irritava, tinha resposta para tudo, era grossa, bruta. Sempre me comparou a minha mãe, dizia que eu não parecia com ela em nada, colocava minha mãe num pedestal, quase uma santa, que ...